domingo, 29 de novembro de 2009

Jornalistas, pronunciem-se!

Há dois anos participei numa reportagem sobre naturismo para uma revista semanal.
Na altura fui entrevistado dentro de um espaço naturista e, como é normal nestas circunstâncias, acaba por haver um convite, um pouco na brincadeira, para os repórteres também se livrarem das roupas.

A justificação dada para não o fazerem foi mais ou menos assim:

-Se eu for fazer uma reportagem sobre toxicodependência não me vou drogar para saber como é.

Esta semana, na capa da revista FOCUS, lê-se:

Um jornalista da Focus inscreveu-se num site de encontros e durante 12 meses conheceu 162 mulheres, encontrou-se com 8 e teve relações sexuais com 5

sábado, 28 de novembro de 2009

TVI: os assassinos da língua portuguesa

Não sendo um adepto de futebol, e apenas ouvindo esta palavra num contexto futebolístico, sempre fiquei intrigado sobre o que seria um "derby". Aparentemente esta palavra, de origem inglesa, é relativa a um jogo entre equipas vizinhas.

Ontem, a TVI, decidiu inventar uma nova palavra, o "dérbi".

Como se não bastassem as brutais calinadas que passam em rodapé nos jornais televisivos da TVI agora também inventam palavras.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Da sociedade e das nuances do fracasso...

O medo de fracassar talvez não fosse tão grande se não fosse a consciência da forma crua e dura como os nossos fracassos tendem a ser vistos e interpretados pelos outros. O medo das consequências materiais do fracasso é agravado pelo medo de uma atitude hostil por parte do mundo para com o insucesso, e da sua angustiante propensão para referir as pessoas que falharam como «falhados» - uma palavra insensível que não só significa que as pessoas perderam, como implica que terão deitado a perder, em virtude disso, qualquer direito à simpatia dos outros.
(...)
Se uma obra trágica nos permite experimentar um grau de preocupação com o fracasso dos outros tão mais intenso do que normalmente sentimos, tal deve-se sobretudo ao facto de ela nos levar a sondar as origens do fracasso. Neste contexto, saber mais significa necessariamente compreender e desculpar mais.
in Status Ansiedade de Allan de Botton

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Casamento entre pessoas do mesmo sexo

"Se não concordas com o casamento entre pessoas do mesmo sexo então não te cases com uma pessoa do mesmo sexo"

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E com esta vos desejo bom fim-de-semana!


"Flight of the Bumble-Bee" é uma música clássica composta pelo compositor russo Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) para sua ópera "The Tale of Tsar Saltan". Cantada "a capella", neste vídeo, é mesmo um espectáculo!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aqui e Agora!

Concentre-mo-nos no "Aqui e Agora". Deixemos, por agora, o "antes" e o "depois". Façamos disso uma filosofia, um modo de vida.
Aqui estamos, então é nisto que pensamos. Agora é assim, é isto que estamos a fazer, é este texto que estamos a ler.
Todas as nossas preocupações ficam resolvidas aqui e agora. E se não ficam, não vale a pena pensar nelas, pelo menos não agora. Porque agora estamos aqui.
O resto não interessa agora. O resto não interessa aqui. Debruça-mo-nos sobre o tal "resto" quando não estivermos aqui e agora.
Resolver um problema, esmiuçar uma preocupação, pensar na vida e na montanha de coisas que temos de fazer, é algo tão importante quanto aproveitar o momento. Se assim é, porquê estraga-lo com coisas que não interessam aqui e agora?

*
imagem de Zenonline

domingo, 1 de novembro de 2009

Porque hoje é domingo...

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e tornar-se autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da Vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


Fernando Pessoa
*imagem daqui