Ontem fomos ver a peça "Vai-se andando", com José Pedro Gomes.
A peça cómica explora as particularidades do povo português e faz-nos rir praticamente do início ao fim. É bom rir-mo-nos de nós próprios!
No entanto houve uma parte da peça que revelou a lição mal estudada por parte da equipa de argumentistas.
É fácil fazer humor com a nudez, e é especialmente fácil fazer humor com as praias nudistas portuguesas.
A cena começa muito bem: para se ir a uma praia nudista é preciso conseguir atravessar as dunas que estão repletas de mirones, enquanto nas praias normais é à beira-mar que está a multidão, nas praias nudistas é nas dunas!
A parte seguinte é que desapontou. O protagonista diz que até gostou da sensação de tomar banho sem roupa mas o problema veio depois. Um suposto problema de fazer nudismo na praia seria a areia que se cola "às partes" e que provoca um incómodo tal que no fim do dia de praia até é preciso retirá-la com uma toalha da mesma forma que a retiramos dos pés.
Claro que a descrição mímica desta situação é divertida e leva a sala ao rubro mas...
Os argumentistas cometeram também um erro tipicamente português: falar sobre algo sem ter qualquer conhecimento de causa, ou dito de outra forma mais de acordo com a peça: mandar bocas e postas de pescada
Isto leva-me também a questionar porque razão as pessoas acham que fazer nudismo na praia nos faz ficar com areia colada ao corpo nas zonas onde os têxteis usam roupa.
É um facto que quando usamos fato de banho a areia tem tendência a acumular-se precisamente no fato de banho! (como será esta frase com o novo acordo ortográfico?)
Porque raios ela se iria acumular no mesmo sítio quando estamos sem roupa?
domingo, 28 de março de 2010
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