domingo, 18 de abril de 2010

Caminhos e caminhadas

A maioria de nós continua a colocar-se as mesmas questões dos primeiros pensadores. Com tantos caminhos, tão diferentes, porque é que alguns de nós escolhem sempre os mesmos, os escolhidos há anos tão remotos que é quase impossível localizá-los no tempo, identificá-los na história da Humanidade?

Não entendo porque voltamos continuamente às mesmas modas, aos mesmos penteados, aos mesmos sons... Não entendo porque citamos sempre os mesmos poetas, os mesmos escritores, quando há tantos mais, com mensagens tão profundas, com os seus textos disponíveis. Não entendo porque continuamos a bater a mesma tecla. Com tanto caminho para percorrer, porque hão-de uns aventurar-se por novas paragens e outros percorrer as mesmas vias?

Há caminhos, caminhadas, peregrinações, caminhantes, muitos caminhantes, e aqueles que se recusam percorrer qualquer caminho. Há encruzilhadas, caminhos antigos, imemoriais, caminhos novos, acabados de inventar, prontos a estrear (e são estes últimos os que realmente interessam)...

Não sei se caminho é a palavra certa, a metáfora mais correcta, o termo melhor... Sei que nem sempre sei onde me levam as minhas caminhadas, se é que não estou imperecivelmente parada no mesmo sítio, até um dia perecer mesmo. Estar parado não será também a forma escolhida por muitos para caminhar na vida? E quem nos garante que se chega menos longe assim?
Não entendo esta coisa de haver caminhos, caminhadas, e caminhantes. E nem sequer entendo porque não entendo, é este o meu paradoxo, pois ao mesmo tempo tudo compreendo, tudo vejo...

Inspiro fundo e penso mesmo que à falta de melhores ideias o melhor é comprar um GPS!

* imagem de autor desconhecido

1 comentário:

Funny disse...

O teu texto pode ter tanto de superficial como de profundo e consegues ser paradoxal com o teu próprio paradoxo. :)

Eu diria que o caminho de cada um, é as escolhas que faz. Não têm de ser certas ou erradas, têm de "servir" a quem as faz. Se são cópia, se são originais, diferentes ou iguais não importa muito (apesar de se lhe atribuir bastante importância). Apenas importa que preencham e satisfaçam a pessoa.

No entanto regra geral a sociedade olha com desconfiança para tudo o que é diferente simplesmente porque é diferente.